O aquecimento global ameaça a disponibilidade de água potável, com secas severas afetando rios e mananciais em todo o mundo. Em um cenário de mudanças climáticas aceleradas é urgente encontrar soluções inovadoras para preservar as fontes de água que dessedetam milhões de pessoas. A população humana e todos os seres vivos dependem desse recurso natural renovável para sobreviver, tornando a sua conservação um dos maiores desafios ambientais atuais.
As principais fontes de água que abastecem cidades e áreas rurais provêm dos rios, que também desempenham um papel econômico importante nas atividades pesqueiras, no transporte fluvial e têm significados históricos e geográficos. No entanto, o aumento da temperatura global tem provocado mudanças drásticas no comportamento desses rios. Em 2024, o aumento estimado de 1,54°C acima da média pré-industrial levou a secas extremas na Amazônia, com rios secando a uma velocidade alarmante, e esse fenômeno pode se repetir nos próximos anos.
Esses eventos nos forçam a refletir sobre a importância dos rios e das fontes hídricas que compõem as bacias hidrográficas. Para mitigar os impactos da seca, é fundamental preservar as matas ciliares e as áreas de preservação permanente nas nascentes e mananciais. O Dia do Rio é uma data crucial para avaliar esses impactos e sensibilizar a população sobre a necessidade urgente de preservação.
O Brasil possui cerca de 12% da água doce do planeta, o que coloca o país em uma posição privilegiada, mas também vulnerável à exploração e degradação desses recursos. Para garantir que esse volume de água se mantenha, diversas ações precisam ser adotadas. Entre as medidas eficazes para preservar as fontes hídricas estão: a economia de água no uso doméstico e industrial, o descarte adequado de resíduos, o controle no uso de produtos químicos, a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, a conservação das áreas de nascentes e restauração das matas ciliares.
Inovações na Amazônia: O Desafio do Desmatamento e a Recuperação dos Rios
O impacto do desmatamento na Amazônia é uma das maiores ameaças aos rios dessa vasta bacia fluvial de água doce. Somente em 2024, a degradação calculada foi de 26.246 km² de floresta derrubada e queimada entre janeiro e setembro. A recuperação desses ambientes é fundamental para garantir que os rios da região voltem a ter fluxo ao longo de todos os meses do ano.
Uma das iniciativas que se destacam nesse processo é o trabalho da Rioterra, uma organização que oferece mecanismos de educação ambiental e recuperação de áreas degradadas aos proprietários rurais. Seus projetos de reflorestamento têm como objetivo recompor as áreas afetadas, gerando benefícios sociais, ambientais e econômicos. Por meio do plantio de espécies florestais e frutíferas, os projetos ajudam a restaurar a vegetação e gerar fonte de renda para os agricultores familiares.
Um exemplo é o projeto Agro Verde, realizado pela Rioterra em parceria com a Reforest’Action, que promove modelos de reflorestamento utilizando espécies nativas, utilizadas para recuperar áreas degradadas em propriedades da agricultura familiar. Essas ações são realizadas sem custos para os proprietários, que se beneficiam não só com a recuperação das áreas de APPs e das nascentes, mas também com a adequação ambiental ao atual Código Florestal e Pagamento por Serviços Ambientais, advindos do carbono.
Desde o início de suas atividades a Rioterra já beneficiou mais de 4,6 mil agricultores familiares ao longo de 15 anos e produziu mais de oito milhões de mudas que foram plantadas em propriedades rurais da agricultura familiar, contribuindo para a recuperação de rios na Amazônia.
Saiba mais:
Com ações de reflorestamento e recuperação de nascentes, a Rioterra está transformando a realidade ambiental da Amazônia e colaborando para um planeta mais sustentável. Acesse nossas redes sociais e site para saber mais sobre nossas ações e os projetos inovadores da Rioterra.