Intercâmbio aproxima comunidades da Amazônia de experiências exitosas em projetos de REDD+

Encontro fortalece o protagonismo local em iniciativas de REDD+.

Com o objetivo de fortalecer o conhecimento e a capacidade de comunidades tradicionais amazônicas sobre projetos de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), foi realizado, no último dia 25 de março, um intercâmbio promovido pelo Instituto de Estudos Amazônicos (IEA) em parceria com o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS). O encontro reuniu representantes de unidades de conservação, terras indígenas, territórios quilombolas e projetos de assentamento da Amazônia Legal. A iniciativa teve como proposta central traduzir conceitos técnicos e resultados concretos dos projetos de REDD+ já em execução, permitindo que lideranças e comunidades em processo de estruturação de seus projetos possam compreender, avaliar e planejar melhor suas estratégias territoriais e ambientais.

Durante o intercâmbio, foram apresentados estudos de caso, dados de impacto socioambiental, mecanismos de pagamento por serviços ambientais (PSA) e experiências de governança comunitária. Os debates se basearam em documentos como o “Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental e Social”, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e o relatório “Ecosystem Services for Poverty Alleviation in Amazônia”, produzido pela Global Canopy em parceria com instituições de pesquisa internacionais.

Para os organizadores, o intercâmbio responde a uma demanda urgente por informação qualifi cada e acessível sobre os instrumentos de fi nanças climáticas. “Muitas comunidades já convivem com propostas de REDD+, mas nem sempre possuem meios para compreender completamente seus impactos e benefícios. Queremos que esse processo seja protagonizado por quem vive e protege a fl oresta”, destacou um dos coordenadores do IEA.

O intercâmbio se consolidou como um momento de escuta e troca, permitindo que os participantes conhecessem as oportunidades e desafi os enfrentados por comunidades que já operam projetos de REDD+. Ao aproximar experiências e construir pontes entre conhecimento técnico e saberes locais, o evento reafi rma a importância da inclusão ativa das populações amazônicas nos mecanismos de fi nanciamento para conservação e combate às mudanças climáticas.