O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e parceiros reuniu em Brasília técnicos e analistas de órgãos públicos, além de representantes do setor privado envolvidos na cadeia da restauração para discutir e consolidar procedimentos que assegurem o sucesso das iniciativas de recuperação ecológica em todos os biomas brasileiros. Pelos cálculos com base no Cadastro Ambiental Rural (CAR), a demanda atual é de aproximadamente 43 milhões de hectares.
A Oficina Indicadores da Vegetação para o Monitoramento e Avaliação da Recuperação Ambiental, aconteceu de 25 a 29 de novembro, e serviu para apresentar processos e protocolos que pudessem avaliar os resultados de ações de restauração ambiental. A meta é estabelecer procedimentos para o acompanhamento e monitoramento de execuções de projetos de recuperação de áreas degradadas, por meio de indicadores de vegetação e que tenham valores de referência e protocolos de monitoramento no âmbito do Ibama e do ICMBio.
Oficina organizada pelo MMA e parceiros faz parte de um plano estratégico para promover ações de restauração ambiental nos biomas brasileiros. As instituições participantes apresentaram resultados de projetos realizados que alcançaram os objetivos de recuperação de áreas degradadas.
Há 15 anos, a Rioterra realiza ações inovadoras na Amazônia com projetos que promovem o desenvolvimento socioambiental de agricultores familiares e populações tradicionais utilizando a recuperação florestal de áreas como ferramenta para mudanças. A instituição foi representada pela engenheira florestal, Iara Barberena, que destacou a importância de estabelecer recomendações técnicas para aprimorar os resultados. “Realizar a ação de plantio ou isolamento da área para o desenvolvimento da regeneração natural, não garante que a cobertura florestal e os serviços ambientais estarão restaurados nos anos seguintes, por isso, estamos discutindo e elaborando indicadores que verificam e atestam a capacidade da área de ser, de fato, restaurada sem maiores intervenções após 4 anos de implantação”, explicou.
O Brasil tem o compromisso de restaurar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030 conforme meta prevista no Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg). Para o período de 2025 a 2028, as áreas passíveis de recuperação são estimadas em: 1,3 milhão de hectares em Unidades de Conservação Federais, 1,7 milhão de hectares em Terras Indígenas (TIs) e 20,7 milhões de hectares em imóveis rurais, incluindo 2,8 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) e 17,8 milhões de hectares de Reservas Legais (RL).