COP30 – No painel do BNDES, Rioterra compartilha experiências de sociobioeconomia na Amazônia

Experiência com produção agroflorestal e restauração florestal foram compartilhadas em painel temático do evento.

A convite do BNDES, durante o painel “Valor da floresta em pé: socioeconomia como estratégia para conservação”, a Rioterra participou da COP 30 compartilhando suas experiências na promoção da sociobioeconomia como caminho para conservar a Amazônia com inclusão produtiva.

Representada por Telva B. Gomes e Maria Isabela Bastos a organização destacou dois projetos de referência: o Plantar Rondônia, que entre 2018 e 2024 recuperou mais de 2700 hectares de áreas degradadas com Sistemas Agroflorestais (SAFs), e o recém-aprovado Projeto Quintais Amazônicos II, assinado pelo presidente Lula e considerado um dos maiores investimentos em restauração produtiva do estado. O projeto representa uma estratégia concreta de enfrentamento ao desmatamento e de conservação da biodiversidade na Amazônia rondoniense. Ao recuperar áreas já abertas e oferecer alternativas produtivas sustentáveis para mais de 30 municípios, a ação contribui para melhorar a renda das famílias, aumentar a produtividade por hectare e evitar a abertura de novas áreas.

Durante a fala da Rioterra, um dos exemplos apresentados foi o da agricultora Solange Simão, de Itapuã do Oeste (RO), beneficiária dos projetos da Rioterra há mais de uma década. Em sua propriedade, antes degradada, foram implantados sistemas agroflorestais com cultivos de café, banana, polpas de frutas e outras espécies nativas de valor econômico. A produção de café, implantada com apoio do projeto Plantar Rondônia, passou a ser uma das principais fontes de renda da família, evidenciando como a transição agroecológica pode gerar resultados concretos.

A participação da Rioterra no painel reforça não apenas o impacto de suas ações em campo, mas também a importância de levar essas experiências reais até espaços estratégicos como a COP30. Ao compartilhar exemplos concretos de produção sustentável e restauração ambiental com protagonismo de agricultoras como Solange, a organização contribui para que políticas públicas e investimentos estejam cada vez mais alinhados à realidade de quem vive e cuida da floresta.