O Centro de Estudos Rioterra, em parceria com o Grupo Geociências da Universidade Federal de Rondônia, realiza pesquisas sobre a fragilidade de ambientes e capacidade de suporte, a fim de subsidiar políticas públicas voltadas ao ordenamento territorial na Amazônia. O objetivo desses trabalhos é entender as dinâmicas do meio físico e de uso e ocupação dos solos, gerando informações integradas que possibilitem ações de planejamento para diminuir impactos e indicar lugares aptos para diferentes atividades, garantindo viabilidade ambiental, social e econômica.

Na Terra Indígena Uru Eu Wau Wau e seu entorno, área estratégica para a conservação em Rondônia, foram gerados instrumentos cartográficos para apoiar a gestão e fornecer informações sobre as dinâmicas do meio físico. Esta área, a maior protegida do estado, bloqueia avanços desordenados e contém as nascentes dos principais rios, sendo crucial para a conservação dos recursos naturais, étnicos e culturais. O estudo sobre Machadinho D’Oeste analisou a ocupação promovida por assentamentos de reforma agrária, evidenciando problemas socioambientais devido ao aumento do desmatamento e solos susceptíveis à erosão. A pesquisa ajudou a definir áreas vulneráveis e necessidades de cuidados especiais, permitindo um planejamento mais adequado para a utilização das terras.

Na Floresta Nacional do Jamari, os trabalhos visaram compreender a dinâmica ambiental para propor um zoneamento ambiental baseado nas aptidões e capacidade de suporte da área. A análise integrada de atributos geoambientais, como geologia, geomorfologia e solos, em relação ao uso da terra, fornece subsídios essenciais para políticas de ordenamento territorial que respeitem os limites ambientais e promovam a sustentabilidade. Esses conhecimentos são vitais para a conservação dos recursos naturais e para a tomada de decisões sobre o uso de áreas situadas no entorno de unidades de conservação.