Projeto de Silvicultura de Espécies Nativas Impulsiona Conservação e Economia Florestal no Brasil

Centro de Bioeconomia e Conservação da Amazônia/CBCA tem papel fundamental nas pesquisas.

O Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento de Silvicultura de Espécies Nativas (PP&D-SEM) é uma iniciativa inovadora realizado através da parceria entre a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia e a Rioterra, apoiada pela Bezos Earth Fund. Este projeto pioneiro busca fomentar a silvicultura de espécies nativas na Amazônia, promovendo a produção sustentável de madeira, a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico regional.

O Brasil possui uma vasta riqueza florestal, mas enfrenta desafios críticos com o desmatamento, que resultam em grandes áreas degradadas e perda de biodiversidade. Neste cenário, a silvicultura de espécies nativas surge como uma solução para suprir a demanda de madeira legalizada e de alta qualidade, reduzindo a pressão sobre as florestas naturais. O projeto visa transformar áreas degradadas em sítios de pesquisa e produção florestal sustentável, com foco na Amazônia. Agora, o principal objetivo é a implantação de sítios de longa duração para estudos de melhoramento florestal, manejo e tecnologia de produtos florestais. A meta secundária inclui o desenvolvimento de tecnologias de ponta para produção e consumo sustentável, promovendo uma interdependência entre produção econômica e conservação ambiental. Ao longo de 20 anos, o projeto busca estimular uma cultura interdisciplinar de uso sustentável dos recursos florestais e promover paisagens multifuncionais. Para isso, as primeiras áreas dedicadas às pesquisas foram instaladas no CBCA, onde pesquisadores do Sul da Bahia e de Rondônia tem feito uma série de levantamentos. 

Em 2023, foram plantadas 5.555 mudas de dez espécies nativas, incluindo Paricá, Cumarú, Ipê-amarelo, Louro-freijó e Castanha-do-Brasil, entre outras. O experimento foi estruturado em três blocos com oito unidades experimentais cada, utilizando arranjo espacial de 3m x 3m entre plantas. Esse modelo permite o estudo de interações entre espécies de crescimento rápido e clímax (plantas que exigem sombreamento relativo e possuem crescimento mais lento), otimizando o desenvolvimento florestal e evitando pragas específicas.

O projeto beneficia diretamente comunidades locais, proporcionando emprego e renda, além de fomentar pesquisas científicas e apoiar a qualificação técnica de futuros profissionais na região. Também contribui para a conservação da biodiversidade dos biomas brasileiros e promove a economia florestal sustentável. “Estamos orgulhosos de ser pioneiros nesse projeto, que reflete anos de trabalho e colaboração com diversas instituições e pesquisadores. Acreditamos que esse esforço conjunto trará melhorias ambientais e sociais duradouras para as futuras gerações”, ressalta a equipe da Rioterra.

Próximos Passos

A continuidade do projeto envolve o monitoramento das áreas plantadas e a realização de estudos avançados em melhoramento e manejo florestal. Com um olhar para o futuro, o PP&D-SEM almeja consolidar a silvicultura de espécies nativas como um pilar para uma nova economia florestal no Brasil, que alia conservação e desenvolvimento.

O PP&D-SEM é um exemplo concreto de como a inovação e a ciência podem transformar desafios ambientais em oportunidades de crescimento sustentável.

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Saiba mais

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