O projeto tem como objetivo melhorar as condições de vida das mulheres na área rural, mitigando problemas respiratórios causados pelo uso de lenha para cozinhar e introduzindo tecnologias inovadoras de energias renováveis. A iniciativa visa apoiar a transição para uma agricultura de baixo carbono, substituindo o uso de lenha por biodigestores. Isso não apenas reduz a emissão de gases de efeito estufa, mas também promove a aplicação de práticas agroecológicas que aumentam a renda, diminuem o desmatamento e conservam a biodiversidade.

O projeto incentiva uma cultura de gerenciamento de recursos nas propriedades rurais, integrando conhecimentos sobre questões de gênero e novas formas de gestão. A região rural onde o projeto foi implantado é formada principalmente por agricultores familiares, que muitas vezes carecem de acesso a serviços básicos como saneamento, tratamento de água e assistência técnica. Essas lacunas resultam em problemas sociais, econômicos e ambientais significativos. Ao introduzir o uso de biogás, o projeto oferece uma solução imediata para economizar em botijas de gás e diminuir o uso de madeira da floresta, promovendo a segurança alimentar, geração de renda e empoderamento das mulheres.

Os resultados do projeto incluem a melhoria das condições de trabalho para mulheres e a economia financeira para vinte famílias de agricultores familiares, através da reutilização de resíduos orgânicos para gerar energia térmica e biofertilizante. A instalação de biodigestores e hortas domiciliares em 20 propriedades reduziu os gastos com gás (GLP), representando uma economia significativa. Além disso, o projeto capacitou 180 agricultores, gestores e estudantes sobre energias renováveis e ofereceu assistência técnica para segurança alimentar, diversificação produtiva e manutenção dos biodigestores. O intercâmbio de conhecimentos com beneficiários de diversas regiões ajudou a disseminar informações e a aplicabilidade do modelo, promovendo assim um futuro mais sustentável.