Quem Fez Bem Gosta e Quer Mostrar

O projeto foi desenvolvido para sistematizar e disseminar boas práticas na Amazônia, um território onde muitas ações são realizadas, mas pouco documentadas. O objetivo era não apenas registrar essas práticas, mas também analisar e refletir sobre os aprendizados em grupo com aqueles que as vivenciaram. Isso resultou na criação de um vídeo e um livreto com duas finalidades: disseminar essas experiências de forma simples e objetiva e construir, junto com os agricultores familiares, perspectivas de gestão do território com base em suas percepções e experiências. Além disso, o projeto visava expor as oportunidades que o manejo agroecológico oferece como meio de geração de renda, em oposição ao modelo agropecuário predatório verificado na porção rondoniense do arco do desmatamento.

Os produtos do projeto, um vídeo e um livreto, foram resultado de uma série de oficinas de produção audiovisual, reuniões e atividades de campo realizadas pela Rioterra em colaboração com agricultores e lideranças das Associações GRAMA Padre Claret, RECA e FETAGRO. Estas associações estão sediadas nos municípios de Nova Mamoré, Porto Velho e Ji-Paraná, respectivamente. As atividades ocorreram entre abril de 2011 e março de 2012, envolvendo a comunidade local no processo de documentação e reflexão sobre suas práticas sustentáveis.

Entre os resultados do projeto, sobressai a produção de um vídeo e um livreto pelos agricultores familiares, com 1000 cópias distribuídas ao público ligado à agricultura familiar de Rondônia. Foram realizadas cinco mostras de vídeo itinerante e rodas de diálogo nos municípios de Nova Mamoré, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Porto Velho e Machadinho do Oeste, democratizando o acesso à informação. O projeto também promoveu o empoderamento social e o fortalecimento do capital social das instituições para o registro e documentação audiovisual voltada ao público da agricultura familiar. Essas ações contribuíram para a valorização do manejo agroecológico como meio de geração de renda, em oposição ao modelo agropecuário predatório presente no arco do desmatamento.